CURSO DE APH POLICIAL

Categoria: Geral | Publicado: quinta-feira, dezembro 19, 2019 as 18:49 | Voltar

O atendimento pré-hospitalar aos feridos durante ocorrência é primordial para assegurar a sobrevida dos policiais durante suas missões. Tradicionalmente, os princípios das técnicas de atendimento ao trauma e o Suporte de Vida Avançado ao Trauma (ATLS), protocolo desenvolvido no meio civil, eram também aplicados em situações de combate. O elevado índice de mortes por causas evitáveis comprovados em relatórios estatísticos de estudos científicos, sobretudo na campanha do Vietnã, mostrou a necessidade do desenvolvimento de protocolos de atendimento específicos que se enquadrassem às situações táticas vivenciadas no amplo espectro dos conflitos do teatro de operações contemporâneo. É neste contexto que surgiram estudos, estimulados pelas Forças Armadas norte-americanas, que conduziram ao desenvolvimento do protocolo Tactical Combat Casualty Care (TCCC).

 Tendo em vista este considerável avanço em um aspecto tão essencial do emprego do serviço de atendimento pré-hospitalar na área policial, é de suma importância que se evidencie a transformação alcançada através da aplicação dos princípios dos protocolos TCCC e MARC1 e se estude a implementação dos aspectos aplicáveis à Policia Civil de Mato Grosso do Sul, especialmente quando se tem em vista o atual cenário de combates urbanos, propiciando o aumento da segurança pessoal do policial civil, em face do conhecimento do atendimento pré-hospitalar na área policial.

O curso, de caráter teórico-prático, contou com aulas expositivo-dialogadas com utilização de recursos audiovisuais e aulas práticas de simulação da aplicação do protocolo MARC1. Foi ministrado por dois professores e auxiliares e desenvolvido por meio de aulas expositivas, dialogadas e práticas, com o acompanhamento contínuo do conhecimento adquirido pelo aluno.

A metodologia do curso observou os preceitos da escola interacionista, que prevê que o aluno participa ativamente do próprio aprendizado em situações de pesquisa em grupo, estímulo à dúvida e desenvolvimento de raciocínio lógico.

O curso teve como objetivo e seguiu uma ordem clara e pré-estabelecida, com a construção de conhecimentos para a formação de indivíduos competentes, disciplinados e produtivos para exercerem suas funções profissionais.

Conteúdo programático: Distinguir as diferenças entre o Atendimento Pré-hospitalar convencional e o Atendimento em combate; Citar a evolução e os aspectos do Atendimento Pré-hospitalar em combate; Definir e executar o Protocolo MARC1 de Atendimento Pré-Hospitalar em Combate do Grupo TIGRE PCPR;  Executar a segurança do local de atendimento respondendo a ameaças imediatas; Executar o atendimento remoto com a vítima se possível; Realizar o atendimento da vítima em área quente utilizando o torniquete de combate; Realizar a avaliação da vítima; Iniciar o Protocolo MARC1 no atendimento a vítima; Utilizar as técnicas para conter hemorragias em extremidades de membros e áreas juncionais utilizando o Torniquete de Combate ou a Gaze de Combate; Avaliar as condições das vias aéreas e garantir que estejam pérvias, caso seja necessário utilizar o recurso de manobras de tração ou posição olfativa para mantê-las desobstruídas; Utilizar uma canola nasofaringe para manter as vias aéreas pérvias ou em situação preventiva em vítima inconsciente; Avaliar o tórax  do paciente e o dorso com o objetivo de encontrar buracos resultantes de perfuração de arma de fogo; Utilizar o Selo de Tórax para manter a oclusão dos orifícios; Avaliar sinais e sintomas de Pneumotórax hipertensivo no paciente; Utilizar a manobra “BURP” para reverter o Pneumotórax hipertensivo; Manter a vítima seca, aquecida e prepará-la para a evacuação médica.

O curso foi ministrado pelos instrutores RICARDO DOS SANTOS TIBURCIO E RAFAEL CARBONE, investigadores de polícia lotados no GARRAS, ambos formados pela Escola Superior de Polícia do Estado do Paraná, curso ministrado pelo grupo Tigre.

Frequentaram o curso Policiais Civis de todo o Estado de Mato Grosso do Sul, conforme processo de seleção realizado pela Delegacia Geral de Polícia Civil, observando-se o limite de 25 (vinte e cinco) vagas.

 

 

Publicado por: Lúdio Espirito Santo

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